sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Cigarra 2°número - curiosidades editoriais


A Cigarra 2° número – curiosidades editoriais


Foram lançados dois números pelo sistema mimeográfico a álcool, em folhas soltas, tamanho ofício. O primeiro número continha 10 páginas, 50 exemplares e o segundo 6 páginas e 100 exemplares. A opção por esse sistema deu-se principalmente pela economia de meios, de acordo com as possibilidades financeiras do momento. Os desenhos da Cigarra foram reproduzidos de slides da história infantil projetados na parede da sala de aulas, já que a editora lecionava para a Educação Infantil. Foram inseridos elementos urbanos, como prédios e no canto direito o Teatro Municipal de Santo André, representando o desejo de participar da história cidade.
Essa publicação propiciou-me a oportunidade de entrar em contato com vários outros estudantes que, assim como eu, também silenciosamente exerciam a poesia sem, no entanto, possuir meios de divulgá-la.
O nome A Cigarra foi escolhido em decorrência da fábula A Cigarra e a Formiga, bem como pela magia que a cerca e toda a simbologia que envolve o canto, como elemento de sobrevivência, além da possibilidade de propiciar uma contínua reflexão sobre a arte e sua função.
A cigarra na verdade é um inseto que se alimenta das raízes das árvores, vivendo em estado de larva até por l7 anos, para depois emergir sob forma de pseudoninfa, agarrando-se aos troncos, onde muda de pele tornando-se adulta.
A trajetória da Revista A Cigarra foi, durante algum tempo, semelhante ao processo evolutivo do inseto que lhe deu o nome, sem nenhum compromisso de periodicidade e também sem vínculos de assinaturas ou outros tipos de colaborações que não fossem espontâneas e recursos próprios.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Jornal Literário A Cigarra 1982


As escadarias da FAFIL (Faculdade de Filosofia Ciências e Letras) da Fundação Santo André foram palco de conversas, troca de confidências e muita música de violão nos intervalos das aulas, descobertas impregnadas de poesia, levadas para fora das classes. Esse movimento espontâneo nos animou, a mim e a Terezinha Sávio, a criar, em maio de 1982, o “Jornal Literário A Cigarra”.
Inspirado nos alternativos chamados “marginais” que burlavam a censura em folhas mimeografadas, verdadeiras “viagens” de inquietações circulando de mão-em-mão, A Cigarra nasceu, assim, fruto da necessidade de fazer circular poesia, estabelecer convivência de interesses e afinidades entre nós, estudantes daquela Instituição de Ensino.Datilografado e mimeografado, reunindo poemas dos alunos de vários anos e de vários cursos, o número 1, foi acolhido com entusiasmo por alunos e professores.