sábado, 13 de junho de 2009

A Cigarra n°7, outras viagens 1986


A Cigarra n° 7 trazia notícias da viagem de suas editoras, Jurema e Tê Sávio, que se encontraram na Paraíba. Tê Sávio em visita aos familiares e Jurema, que juntamente com a poeta ecologista Cleide Veronesi, Tônia Ferr (do Livrespaço) se hospedaram na casa na casa do poeta Saulo Mendonça e sua esposa Lena, convidados para o lançamento do livro “Forte Silêncio”. O passeio transformou-se numa peregrinação poética ecológica em defesa das baleias, que naquela época iam para uma usina de transformação (não sei se ainda vão). Fomos recebidos em jornais e rádios, tivemos uma divulgação significativa, tanto do protesto contra a matança das baleias, quanto da A Cigarra como alternativo de divulgação cultural e do trabalho do Grupo Livrespaço de Poesia. Conhecemos a casa onde nasceu Augusto dos Anjos. Partimos para Guarabira, onde conhecemos a incansável poeta Marisa Alverga, mãe do jovem poeta Geraldo Alverga, da “Toca do Poeta”, que continua sendo editada mesmo depois de sua passagem para outra dimensão. Um mês de praias, poesias e encontro com vários poetas com os quais só mantínhamos contato pelo correio. Neste número ainda as notícias da Semana Livrespaço, “Poesia e Liberdade”, realizada em maio no Teatro Municipal de Santo André.

Um comentário:

  1. Cleide Veronesi,nossa Fada Madrinha!
    Como ela nos incentivava. Sou Fruto do Concurso de Poesia da antiga Faculdade da Zona Leste de São Paulo (Atual UNICID). Se hoje voltei a escrever foi por nunca eu ter me esquecido, e ter vivido momentos em praças públicas, na UBE, na Bienal do Livro do Ibirapuera e outros... com a Cleide e os artistas que a cercavam, que ela trazia pra perto, por seu talento.
    Ela não deixava escapar a oportunidade de conhecer um bom artista e não incentivá-lo a produzir e seguir em frente com seu talento.
    Que saudade daquela que se tornou, além da artista que era, uma amiga numa fase de mudanças e acontecimentos que transformaram a minha história.
    Cleide era um fenômeno,tentava vencer o câncer com toda sua força, e não reclamava. Insistia em apoiar seus " pupilos". Três semanas antes de "sua passagem" ela ainda quis fazer o prefácio do livro que eu publicaria na época.
    Suas vistas começaram a piorar e eu não levei o "boneco" que ela já havia feito a revisão.😪 O mais importante era a sua saúde.
    Tão jovem, tão cheia de vida,tão competente, tão dedicada a arte sem nenhum fim lucrativo, tão amiga...
    Autodidata, com uma inteligência ímpar,com um carisma só dela mesmo; foi levada pelas asas do vento... e ficamos órfãos... nos dispersando um pra cada lado...
    Cleide fez a diferença tanto como ativista que era, quanto como incentivadora de talentos e amiga.
    Muita "saudade"!


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