A Cigarra n°8, já trazia o desejo de modificações, a capa ilustrada com um desenho clássico da artista plástica, Dora Barreto de Souza. Foram mais de 20 poetas publicados, aproximadamente 60 endereços de alternativos e 15 títulos de livros recebidos e notícias sobre a Biblioteca Nacional, incentivando o envio, que naquela época era gratuito. Publiquei reflexões sob o título: “Independentes, classe oprimida da poesia brasileira?”, abordando a presença dos poetas independentes (que editavam seus próprios livros) na Bienal Internacional do Livro de 1986, que mesmo colocados no último estande, na saída da Bienal, aglomerados e mal localizados, não perderam o bom humor, realizando um concorrido sarau coordenado por Cleide Veronesi, poeta e agitadora cultural que abriu caminhos para muitos poetas, inclusive para mim, quando incentivou a edição de meu primeiro livro. Defendi neste texto, talvez ingênuo demais, que não aceitava esse rótulo de poeta oprimido, como muitos se consideravam por não vender seus livros, já que para mim no ofício poético a comercialização do livro estava em segundo plano. Em primeiro lugar estava (e está) a poesia como modo de vida e o despertar no outro o gosto por este “biscoito fino”.
Poesia não é só de poetas, como bem mostram vocês. Poesia é história, e história eu li aqui e agora, nos textos deste blog. A história literária... A história história... A história que ainda está sendo feita pelo nosso povo. Parabéns, amigos! Vocês são parte da história da poesia.
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